Quando o contribuinte vai consultar a restituição do IRPF, é comum que apareçam alguns status específicos que indicam se vão receber ou não os pagamentos.
A restituição do IRPF representa a devolução de valores pagos a mais pelo contribuinte durante o ano-calendário em relação ao que realmente deveria ter sido recolhido. Esse reembolso ocorre após o processamento da declaração anual do Imposto de Renda, realizada pela Receita Federal.
Ao longo do ano, trabalhadores e profissionais autônomos sofrem retenções em folha, pagamentos de carnês e outras formas de recolhimento. No entanto, com base nas deduções permitidas e nas despesas informadas, o cálculo final pode indicar que houve um pagamento superior ao necessário.
Assim, a Receita reconhece esse excedente e realiza a devolução ao contribuinte. Por isso, o acompanhamento dessa restituição se torna essencial, especialmente para entender os prazos, os critérios de prioridade e o que fazer em caso de problemas.
Neste artigo, você confere:
Quando a restituição do IRPF vai ser paga?
Após o envio da declaração do Imposto de Renda, o processamento da informação acontece por meio de cruzamentos automáticos que verificam a veracidade dos dados informados. Quando tudo está correto, a declaração entra automaticamente na fila para pagamento da restituição do IRPF.
No entanto, a liberação não ocorre de forma imediata, pois a Receita organiza os pagamentos em lotes mensais, obedecendo uma ordem de prioridades previamente definida. Assim, mesmo que a declaração esteja processada, o valor pode demorar algumas semanas para cair na conta bancária informada.
Em 2025, o primeiro lote foi pago no dia 30 de maio, seguido pelo segundo em 30 de junho. Os próximos lotes ainda seguem o seguinte calendário oficial: o terceiro lote será liberado no dia 31 de julho, o quarto em 29 de agosto e o quinto e último no dia 30 de setembro.
Aqueles que entregaram a declaração corretamente, sem pendências ou erros, entram automaticamente nessa fila. A posição exata na fila depende do perfil do contribuinte, da data de envio da declaração e de fatores adicionais, como o uso da declaração pré-preenchida ou a escolha pela restituição via Pix.
Qual a ordem de pagamento do recurso?
- Contribuintes com 80 anos ou mais
- Pessoas com deficiência física ou mental
- Portadores de moléstia grave
- Contribuintes com mais de 60 anos
- Pessoas cuja principal fonte de renda seja o magistério
- Aqueles que usaram a declaração pré-preenchida e optaram por receber via Pix
- Quem utilizou apenas a declaração pré-preenchida
- Todos os demais contribuintes
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Como consultar a restituição do IRPF?
A consulta à restituição do IRPF é simples e pode ser feita diretamente no site da Receita Federal. O contribuinte deve acessar a plataforma oficial, informar o número do CPF, a data de nascimento e o ano do exercício, que em 2025 corresponde ao ano de entrega da declaração.
Com esses dados, o sistema informará a situação atual da restituição, de forma clara e atualizada. A recomendação é fazer essa verificação mensalmente, especialmente nos dias próximos aos pagamentos dos lotes.
A consulta também está disponível no aplicativo da Receita Federal para dispositivos móveis. Nessa ferramenta, o contribuinte pode acompanhar a movimentação de forma prática, verificar atualizações e confirmar se há alguma pendência que possa impedir o pagamento.
Vale lembrar que nem sempre a restituição estará imediatamente disponível. Mesmo sem pendências, o contribuinte pode encontrar a mensagem “em fila de restituição”, o que indica que a declaração foi processada e aprovada, mas o pagamento ainda aguarda sua vez. =
O que significam os status da restituição?
- Processada — em fila de restituição: A declaração foi aprovada, mas aguarda liberação do valor.
- Em processamento: A Receita ainda analisa as informações prestadas, sem definição final.
- Em análise: Há inconsistências ou documentos que precisam ser revisados.
- Retificada: O contribuinte corrigiu a declaração, e uma nova análise está em andamento.
- Com pendências: O sistema identificou problemas que exigem correção ou esclarecimento.
- Malha Fiscal: A declaração foi retida para conferência mais profunda e requer atenção.
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O que fazer se ela cair na malha fina?
Quando a declaração cai na malha fina, o contribuinte deve agir rapidamente para identificar os motivos da retenção. A Receita Federal permite que a pessoa acesse o extrato da declaração no portal e-CAC, onde constam detalhes sobre quais informações precisam ser corrigidas ou comprovadas.
Após identificar o erro, a retificação deve ser feita o quanto antes. Esse processo pode incluir a correção de valores, troca de códigos de despesas, inclusão de comprovantes ou atualização de dependentes. É fundamental que todas as informações estejam corretamente registradas.
Depois de resolver o problema, posso receber a restituição do IRPF?
Sim, após resolver todas as pendências que causaram a retenção da declaração na malha fina, o contribuinte volta automaticamente para a fila da restituição do IRPF. No entanto, o pagamento não é imediato.
A Receita Federal realoca o contribuinte nos próximos lotes disponíveis, conforme a ordem cronológica e a nova data de liberação da declaração. Mesmo com o atraso, o valor será corrigido pela taxa Selic acumulada, garantindo compensação financeira.
Caso o problema tenha sido resolvido após o encerramento dos lotes regulares, a Receita pode incluir a restituição em lotes residuais. Esses pagamentos ocorrem após o fim do calendário principal e contemplam contribuintes que resolveram pendências fora do prazo regular.
O valor da restituição será atualizado mensalmente, com juros proporcionais à demora na liberação. Dessa forma, mesmo quem recebe mais tarde não sofre prejuízo no valor total, garantindo justiça no reembolso dos tributos pagos a mais.
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